quinta-feira, 22 de julho de 2010

Zibia recomenda "A vida em duas cores" Que honra.

Zibia e você
Há preconceito na vida espiritual?


Todos os espíritos são iguais diante das leis cósmicas que regem a vidaPor Zíbia Gasparetto
'Nos romances espíritas, todos os personagens são lindos, brancos, de cabelos loiros e olhos claros... Por quê? Recuso-me a acreditar em discriminação no Plano Maior!' Ana Maria do Prado, Brasília, DF
Sua questão lança a suspeita de racismo no tocante aos personagens dos romances espíritas serem descritos como brancos e lindos. De minha parte, devo esclarecer que o espírito de Lucius, que tem me ditado os livros, conta histórias verídicas por ele presenciadas. Apenas escrevo o que ele diz, mas garanto: de forma alguma menospreza aqueles que, por condições naturais de sua evolução, tenham de renascer orientais, indígenas, negros...
Sua apreciação dos romances espíritas, portanto, é injusta e revela uma falta de conhecimento sobre o assunto.
Desejo recomendar, por exemplo, o livro A Vida em Duas Cores. Psicografado por Flávio Lopes, trata-se de um belo e esclarecedor romance, cujos protagonistas são negros. Há, também, o lindo romance Sentindo na Própria Pele, da consagrada médium Monica de Castro. A trama revela como, muitas vezes, um espírito que teve corpo branco e discrimina outras etnias é forçado a reencarnar exatamente naquela que rejeita.
Sabe, há muitas pessoas preocupadas com a cor da pele, que se autopromovem 'defensoras' daqueles que consideram menos favorecidos por serem diferentes. Vigiam as manifestações dos outros tentando combater o preconceito sem perceber que, ao fazê-lo, revelam o próprio preconceito.
Brancos, negros, índios, mestiços, orientais e por aí vai diferem apenas na cor da pele. São todos seres humanos. Ora, quem garante que nós já não vestimos, algum dia, cada uma dessas cores de pele? Ou que ainda não tenhamos necessidade de mergulhar na negritude ou na pele amarela para aprender um pouco mais?
O importante é compreender que a riqueza da vida é exatamente oferecer aos nossos espíritos a possibilidade de viver outras culturas, outros momentos e novas aventuras, a partir das quais tenhamos condições de desenvolver nosso potencial e conquistar e construir um mundo melhor.
Como você bem disse, no Plano Maior não há discriminação de forma alguma. Lá, o que conta são as manifestações da alma e elas independem da cor da pele. Essa informação consta de todos os livros que tenho escrito: o que importa é a conquista dos valores espirituais, sem os quais ninguém consegue ter paz e viver melhor.
Nas várias encarnações que nosso espírito precisa para amadurecer, todos vivenciamos experiências em vários países, vestindo corpos de várias cores. Em todas essas culturas enriquecemos nosso espírito, conquistando a certeza de que o corpo físico é apenas um veículo para interagir no mundo e que nosso espírito é eterno.
A cada dia descobrimos que nossos espíritos são iguais diante das leis cósmicas que regem a vida, diferenciando-se apenas pelo nível de desenvolvimento da consciência que conquistam. A igualdade de possibilidades de progresso revela que todos somos idênticos para o Plano Maior. Embora, claro, a criação tenha diversificado as vocações de cada um, de forma a atender as funções sociais que precisamos desempenhar a fim de cooperar com a vida. Quando entendermos isso, aceitaremos as diferenças. Deixaremos de precisar de leis humanas discriminatórias de cotas para minorias, pois não haverá mais preconceito.

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